Existem pessoas que nasceram para fazer negócio. Elas compram, vendem, entram num negócio já sabendo – ou, pelo menos, projetando – em quanto tempo vão sair. Investem e operam, não necessariamente nessa ordem.
Já participamos de vários processos de M&A com pessoas com esse perfil. Elas costumam ser diretas, objetivas, focadas na operação em si.
Agora existe um outro perfil que é o de pessoas e famílias que tiveram a sorte e a competência de criar uma empresa próspera do zero, a partir de uma ideia, de um propósito, de um sonho.
Imagine que, por muito tempo, essa empresa ocupou um lugar central nas vidas dessas pessoas, dessas famílias. Mas, em um dado momento, seus fundadores (ou segunda, terceira, quarta ou qualquer geração) se viram sem sucessores. E também sem vontade ou energia para seguir à frente do negócio mas preocupados em não deixar que todo o esforço, o trabalho de anos, décadas ou até gerações simplesmente desapareça.
Esse é o grupo com o qual mais gostamos de trabalhar. Não porque o negócio vai ser financeiramente mais interessante, mas justamente porque vai envolver questões que vão muito além dos números.
Chegar a uma solução que realmente atenda os interesses de uma empresa familiar, ou melhor, de uma família, de uma forma compreensiva, acolhedora, é mais difícil, mas muito mais realizador.